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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Juventude de Ouro Preto discute Preconceito Social

A Pastoral da Juventude da paróquia de Santa Efigênia, Ouro Preto/MG, reuniu no dia 13 de março cerca de 30 lideranças dos grupos de base para discutir e refletir sobre Juventude e Preconceito Social. O tema abordado faz parte de um projeto que propõe discutir os mais diversos tipos de violência que atingem a juventude, bem como criar estratégias para reduzir essa situação que se faz presente em nosso cotidiano, muitas vezes de forma mascarada.

Certos da bandeira abraçada pela PJ em todo o Brasil, estas atividades tem como referência o projeto nacional “A juventude quer Viver” e a Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens, que visam despertar a juventude e toda a sociedade para os diversos sinais de morte presentes em nosso cenário atual.

Numa rica discussão sobre Preconceito Social, mediada pelos estudantes de Serviço Social da UFOP, Ramon e José Arlindo, os jovens foram motivados a trocar experiências, relatar situações de preconceito e violência vivenciadas por cada um, e fazer um paralelo entre a vida dos jovens presentes e a vida juvenil apresentada pela mídia. “Vida Real e Vida através da Mídia! Quanta disparidade apresentada. Podemos perceber a mídia como um instrumento que fomenta o preconceito social, obviamente de forma implícita”, afirma a ouro-pretana Bruna Monalisa.

Os jovens também apontaram as diversas formas de preconceitos que as mulheres, os homossexuais, os negros, os pobres e os favelados sofrem diariamente por não se enquadrar dentro dos padrões impostos pela mídia e pela classe dominadora. “Infelizmente muitos se omitem frente a essa realidade e poucos discutem e criam estratégias de combate ao preconceito social”, afirma Bruna. No decorrer do encontro, os jovens também assistiram e discutiram o filme “Ultima Parada 174”, que ilustra diversos tipos de preconceito e violência.

“A juventude quer ousar a viver numa sociedade mais justa, fraterna e igualitária, onde as pessoas não sejam julgadas pela aparência, onde as pessoas priorizem o SER ao TER, a adesão ao capitalismo, a tendência de viver como o modelo de sociedade dos norte-americanos e europeus. Esse modelo atual de sociedade tem gerado morte, preconceito e derramado sangue em nosso chão, pois o preconceito encontra-se alicerçado na desigualdade social, ignorância dos líderes políticos e desinteresse da população”, encerra Bruna.

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