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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Daniela Calazans fala sobre a viagem a Madrid, para a JMJ 2011

Para você que já conferiu a entrevista da jovem Bruna Monalisa, de Ouro Preto, a gente traz agora a patilha empolgada da jovem Daniela Calazans, que também representou a nossa Arquidiocese na Jornada Mundial da Juventude, em Madrid, na Espanha, nos últimos dias 16 a 21 de agosto.

Daniela (ao centro, de verde) com jovens da delegação do Gabão (África)

Saída da pacata cidadezinha de Porto Firme, na região Centro, Daniela relata que conhecer outro país foi uma experiência indescritível. De lá, recorda especialmente o contato com tantos jovens de outras culturas, sem, claro, deixar de revelar o orgulho de ser uma jovem brasileira: “percebemos que não perdemos em nada para outro país, na fé, na organização, no calor humano que temos, somos bons e fazemos muito bem a nossa missão” comenta.
Confira a entrevista completa!


Para começar, como foi a experiência de sair das terras marianas para conhecer outro país?

É uma experiência  indescritível. Desde toda a preparação que tivemos antes da viagem, como providenciar o passaporte, aprender um pouquinho do espanhol, entre outras coisas mais, o medo estava presente, pois tudo era novo e seria bem diferente, a  ansiedade também era grande para conhecer e vivenciar  essa experiência nova. Foi uma experiência ótima e que valeu a pena.

Conte um pouco sobre o que rolou lá na JMJ...

Antes da jornada, tivemos a pré–jornada, que aconteceu em algumas Dioceses da Espanha. Nós fomos para a Diocese de Valência. Lá se encontraram mais ou menos 30 mil jovens de diversos países. Havia algumas atividades propostas pela Diocese como as orações da comunidade de Taizé, que eram rezadas em quatro línguas, missas, teatro, apresentações, show e momentos livres para o turismo. O último dia da pré- jornada foi marcado pela bonita Missa dos Peregrinos realizada na praça central, e após dessa celebração ouve um grande almoço oferecido pela Diocese em um parque da cidade, de onde os jovens  saíram em caminhada  para a praia, finalizando o dia com a oração do rosário.

No dia 14/08 viemos para  Madrid, onde aconteceu a jornada, e aí sim começou a “loucura” (risos). Era muita gente em um lugar só, meu Deus! Ficamos alojados em um colégio,  muita gente!!! Mas permanecemos firmes na fé... Participamos da Missa de abertura  com o Papa, da catequese com os bispos, momento este de muito aprendizado e interação com jovens de diversos grupos, inclusive da PJ. A via sacra na praça principal, os shows na praça Madrid Rio, ponto de encontro da juventude brasileira. Os momentos de conversas, (da forma que dava, né?) com jovens  de outros países eram muito bons, momentos enriquecedores, os câmbios, ou seja, as trocas de presentes eram mais bacanas ainda, aquilo que você trocava era guardado com muito carinho. A vigília com o Papa foi muito marcante, toda a juventude ficou  mais de 8 horas debaixo de um sol de 40 graus e pela noite surpreendidos  pela inesperada chuva de vento, e ali permaneceram até o outro dia para a celebração de encerramento da jornada, foram firmes na fé, foi uma verdadeira aventura!!!

Qual foi a sensação de estar no meio de tanta gente ao mesmo tempo, num evento tão marcante para a caminhada da juventude católica no mundo?

Coisa de doido, uma loucura! Era muita gente mesmo, cada um de um jeito diferente, estilo, cultura, mas todos com um só objetivo, a fé e o amor a juventude, a sua pastoral ou movimento. É um evento que mostra que a juventude católica é muito grande e que faz acontecer independente de qual grupo pertence. Foi uma emoção muito grande ver mais de 2 milhões de jovens reunidos, “enraizados e edificados em Cristos, Firmes na fé”. Foi uma sensação única.

E sobre a visita do Papa? Quais foram as palavras mais fortes, qual o sentimento que brotou na ocasião?

Esse encontro com o Papa mostrou o carinho que ele tem com a juventude, pois ele ressaltava a importância da presença do jovem na Igreja e da fé que a juventude tem, demonstrava uma enorme satisfação  de estar presente ali, pedindo para se aproximar e poder passar entre os jovens que se encontravam reunidos. Enquanto jovem ali presente  foi muito bom sentir esse reconhecimento do Santo Padre.

Por aqui, foi muito divulgada na TV a comemoração da caravana brasileira no momento do anúncio do papa de que a próxima JMJ será no Brasil... onde vocês estavam na hora? Como foi receber essa notícia?

Nesse momento  estávamos  no meio da galera, bem próximo do palco onde estava o Papa, ocupávamos o terceiro bloco daquele espaço, 90% das pessoas que estavam ali eram brasileiras, que se encontravam de verde e amarelo. Já  sabíamos que aproxima jornada seria no Rio de Janeiro, mas mesmo assim o coração bateu acelerado quando o Papa começou a falar da próxima jornada, foi uma emoção  inexplicável quando de fato o Papa deu o anúncio, foram muitos gritos embalados pela famosa musica “ Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor...” Era de arrepiar vendo mais de 16 mil brasileiros nessa emoção, é logico que os  outros países também entraram na festa, afinal de contas o Brasil é um país muito querido.

O que de mais forte você traz de Madrid para a nossa Arquidiocese?

A força da juventude, o poder de mudança que ela tem nas mãos, a fé expressada de diversas maneiras. Percebemos que não perdemos em nada para outro país, na fé, na organização, no calor humano que temos, somos bons e fazemos muito bem a nossa missão. Mas a experiência de conhecer  o jeito de ser da juventude de Madrid foi de grande importância.

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